2023 e os desafios para o transporte rodoviário de cargas
21 de dezembro de 2022 0Sem categoria
Grandes expectativas são geradas em torno de um dos segmentos que mais se destacaram no ano de 2022: o setor rodoviário de cargas. Com o bom desempenho das exportações e do agronegócio, pesquisas projetadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, ainda este ano, o Brasil poderá alcançar um recorde histórico no transporte de cargas.
Entre o ano de 2020 e 2021, já houve um aumento de 10% em TUKs, unidade de medida que combina toneladas com quilômetros percorridos, e 16% em custo gerado. Somente no ano passado, foram movimentadas 1,9 trilhão de TUKs, gerando um custo de R$1 trilhão, e a expectativa é que o volume supere esses valores até o final deste ano.
Pensando nos bons resultados que o setor rodoviário de cargas apresenta atualmente, as transportadoras já começam a se preparar e a especular sobre as condições para o segmento no ano que vem com base nas atividades desenvolvidas até o momento. Para José Alberto Panzan, diretor da Anacirema Transportes e presidente do Sindicato das Empresas de Transportes e Cargas de Campinas e Região (SINDICAMP), “2022 foi um ano de muito trabalho.
Melhoramos nossa eficiência e nossos resultados nas operações da Anacirema em comparação com 2021. O cenário econômico também ajudou, mesmo sendo um ano eleitoral, mas para o ano que se
inicia esperamos continuar nosso processo de crescimento e de melhoria contínua”. Apesar de o transporte de cargas ainda necessitar lidar com alguns obstáculos, como a variante no preço dos combustíveis, a precariedade das estradas e o valor do frete, as demandas deste segmento ainda permanecem economicamente satisfatórias para o país. A perspectiva é de que essa alta permaneça no próximo ano de acordo com as estimativas do mercado.
Tendo em vista o cenário atual, em um panorama geral para o transporte rodoviário de cargas para as transportadoras e também para os sindicatos do setor, José Alberto afirma: “Nosso segmento reflete diretamente o desempenho da economia. Se a produção e o consumo aumentarem, crescemos, e o mesmo vale para os sindicatos, que são a base das entidades de classe: quanto maior a participação dos associados, mais vigor eles têm”.
“Acredito que 2023 será um ano desafiador, porém vemos que as empresas estão mais preparadas para as divergências, como foi a crise da covid-19, quando tivemos que nos adequar e repensar operações e o negócio. No entanto, sempre haverá demanda para o transporte no modal rodoviário”, completa o executivo. Foto: Banco de imagens/Freepik